segunda-feira, 23 de abril de 2012

CIMEIRA DE CARTAGENA



Ainda não há muitos anos Cuba estava praticamente isolada dos restantes países da América latina, não por ser essa a sua vontade, mas porque os governos desses países estavam completamente subjugados e reféns das políticas dos EUA que os obrigava a manterem esse distanciamento, sob pena de virem a sofrer as mesmas consequências de um cruel e assassino bloqueio económico e financeiro, tal como o fazem em relação a Cuba, já lá vão mais de 50 anos.

Felizmente para esses países e para os seus povos, a pouco e pouco têm vindo a libertar-se da pata opressora e hoje, conquistada alguma liberdade, já podem desafiar o vizinho imperialista sem receio de invasões militares ou de outras sanções, já que consolidaram a sua independência e se uniram em torno de interesses comuns, quer ao nível económico e comercial, quer ao de aspectos políticos e sociais.



Na última cimeira realizada há dias em Cartagena, na Colômbia, pela primeira vez a América latina se opôs a uma só voz contra a exclusão de Cuba na OEA (Organização de Estados Americanos) de onde foi afastada em 1962, lembrando que hoje quem está isolado são os dois países do norte face a uma América latina cada vez mais influente no mundo, a partir do momento em que travou a exploração de que vinha a ser alvo desde a época colonial e passou a controlar parte dos seus recursos naturais em prol da melhoria das condições de vida dos seus povos.

Desde Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes) a Simón Bolívar e a José Marti, muitos foram os que lutaram e morreram pela independência dos seus países, lançando as bases ideológicas e democráticas para a união de uma América de expressão latina que pudesse defender os seus valores e as suas múltiplas culturas.


Na cimeira de Cartagena pouco ou nada se falou sobre os principais problemas da humanidade, referindo Fidel, numa das suas últimas reflexões, que “é urgente encarar as questões relacionadas com as alterações climáticas, a segurança e a alimentação da crescente população mundial”, lembrando que “os povos esperam dos dirigentes políticos respostas claras e estes problemas”.



Já na cimeira do Rio de Janeiro realizada há 20 anos, Fidel alertava para as graves consequências das alterações climáticas que adviriam no futuro, caso não fossem tomadas com urgência medidas sérias para alterar o rumo das constantes agressões ao meio ambiente provocadas pelos países mais industrializados. Se bem se recordam, na altura poucos deram importância a esta antevisão do líder histórico da Revolução cubana e hoje assistimos às maiores catástrofes naturais de que há memória, com consequências que se traduzem na perda de vidas humanas e materiais, na destruição de infra-estruturas básicas e na falta de alimentos para as populações mais carenciadas.

Na cimeira de Cartagena perdeu-se mais uma boa oportunidade para debater questões importantes, acabando apenas por vir a ser lembrada no futuro como a cimeira dos escândalos sexuais provocados pelos membros dos serviços secretos norte-americanos.


(Por Celino Cunha Vieira, in Semanário Comércio do Seixal e Sesimbra de 21/04/2012)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

BODEGUITA DEL MEDIO

Aquele que muitos identificam como o restaurante mais emblemático de Cuba, “La Bodeguita del Medio” cumpre o seu 70.º aniversário e durante todo o mês de Abril decorrerão aí vários encontros subordinados a temas culturais e gastronómicos, assim como à evocação de algumas individualidades que frequentaram o espaço, desde chefes de estado a distinguidos escritores, passando por actores de cinema ou famosos músicos, culminando as celebrações com um jantar de gala no dia 26.

Corria o ano de 1942 quando Ângel Martinez compra uma pequena “adega” na “Calle Empedrado” em Havana Velha, junto à Praça da Catedral, convertendo-a em “Casa Martinez” onde se vendiam alguns produtos típicos e se serviam refeições, principalmente aos funcionários dos ministérios instalados nas proximidades. Esta seria o embrião da actual “Bodeguita del Medio” onde, graças ao prestígio alcançado pela qualidade dos seus serviços, passaram a acorrer as mais relevantes personalidades nacionais e internacionais, destacando-se, entre muitas outras, Alejo Carpentier, Brigitte Berdot, Ernest Hemingway, Errol Flyn, Gabriel Garcia Marquez, Mário Benedetti, Nat King Cole ou Pablo Neruda, apreciadores da autêntica comida crioula confeccionada por Sílvia Torres “La China”, que durante muitos anos comandou a cozinha deste mítico restaurante.

Naquela época, em Cub
a, quase todos os restaurantes modestos ou adegas se situavam estrategicamente, para maior visibilidade, nas esquinas dos extremos das ruas e esta “bodega” diferenciava-se das outras, pois não se tratava de uma “bodega” qualquer, mas sim a do meio de uma rua como era conhecida pelos clientes, dando assim origem ao nome que ostenta desde 26 de Abril de 1950 como “La Bodeguita del Medio” e onde se pode degustar, entre outras iguarias, “arroz blanco”, “frijoles negros”, “pierna de cerdo”, “yuca con mojo”, “masas de puerco”, “pierna de puerco asada en su jugo”, “chicharrones” ou “tostones”, tudo acompanhado pela mais famosa bebida da casa, o genuíno “mojito”, constituído por rum branco, sumo de limão, açúcar mascavado, hortelã, angostura, soda e gelo. Há dias em que são confeccionados mais de mil "mojitos" servidos no restaurante ou no bar que está aberto a partir das 10 horas da manhã e até altas horas da noite.

Nas suas mesas e paredes têm sido deixadas inúmeras mensagens escritas nas mais
diversas línguas que cobrem e se sobrepõem em todo o espaço, algumas inteligíveis e outras de enigmáticos hieróglifos de difícil compreensão, mas todas da maior importância para assinalar uma efémera passagem pelo local ou a confirmação de anteriores visitas. Um dos escritos mais famosos é o de Hemingway que referiu: “My mojito in La Bodeguita, my daiquiri in El Floridita” .

Actualmente e através de convénios, existem muitos estabelecimentos com o mesmo nome espalhados pelo mundo, como, Alemanha, Argentina, Austrália, Bolívia, Colômbia, Espanha, França, Inglaterra, Líbano, Macedónia, México, República Checa, Ucrânia e Venezuela.


Passagem obrigatória para todo o turista que se preze, é caso para perguntar: quem já viajou para Cuba, esteve em Havana e não foi à “La Bodeguita del Medio”? É quase como ir a Roma e não ver o Papa!


(Por Celino Cunha Vieira, in Semanário Comércio do Seixal e Sesimbra de 13/04/2012)

domingo, 8 de abril de 2012

AINDA A VISITA PAPAL

CUBA: 300 MEIOS DE COMUNICAÇÃO E UMA SÓ MÁQUINA PARA INVENTAR AS PALAVRAS QUE O PAPA NÃO DISSE.

Parte 1: “presos políticos”, “dissidentes” e “exílio”

Durante a recente visita a Cuba do Papa Bento XVI, cada palavra deste foi submetida a um minucioso exame interpretativo por cerca de 300 meios de comunicação acreditados na Ilha que, mais que narrar o histórico acontecimento, dedicaram-se à arte de “desencriptar” supostas críticas encobertas do Pontífice ao Governo cubano.

Presos políticos

Em Santiago de Cuba, por exemplo, o Papa dizia isto: “Também supliquei à Virgem Santíssima pelas necessidades dos que sofrem, dos que estão privados de liberdade, separados dos seus entes queridos ou passam por graves momentos de dificuldade”. E assim interpretava as suas palavras o canal espanhol Antena 3: “E (o Papa) evocou pela segunda vez o drama de dezenas de milhar de presos comuns e políticos detidos nas prisões da Ilha”. Do mesmo modo, dezenas de outros meios de todo o mundo titulavam “O Papa reza pelos presos políticos cubanos”.

O diário também espanhol El Mundo afirmava que o Papa “conseguiu referir-se à meia centena de presos políticos que segundo as organizações dissidentes existem em Cuba”. Em todos os grandes meios de comunicação foi imposto como verdade absoluta esta suposta existência de “presos políticos”, apesar de que a Amnistia Internacional, organização que realiza – como se sabe – campanhas contra o Governo cubano, até finais de Março não reconhecia nem um só preso de consciência na Ilha. Aproveitando a visita do papa, esta organização reconheceu quatro presos deste tipo, um número que, em qualquer caso, contrasta com a grave situação em tantos países avaliados como “democráticos”

Claro que estes meios de comunicação não se deram ao trabalho de explicar que a “meia centena de presos políticos” cuja liberdade reclamam, por exemplo, as Damas de Branco, cumprem condenações não por delitos de opinião, mas sim por actos de violência, como sabotagens ou sequestros.

Dissidentes

Este tratamento informativo foi acompanhado por um grande elogio mediático à chamada “dissidência” cubana, a quem os meios de comunicação voltaram a outorgar uma legitimidade social e política de que carecem. Isto era até reconhecido pelo enviado especial dos mais de 10 diários do grupo espanhol Vocento, Iñigo Dominguez, que admitia que esta “dissidência é reduzida e está muito dividida”.

O diário argentino La Nación assegurava, por exemplo, que o Papa, numa “homilia de tendência política (…) apoiou os dissidentes”. E algo parecido sustentava a Televisão Espanhola, numa imaginativa interpretação das palavras do Papa: “não se reunirá com a dissidência, mas fez referência também a eles”. E a “referência” era esta frase do Pontífice: “Levo no meu coração as justas aspirações e legítimos desejos de todos os cubanos”.

Em qualquer dos casos, parece difícil de entender que o Pontifice apoiaria a “dissidência” se, tal como os mesmos meios de comunicação repetiram até à saciedade, nem sequer quis receber os seus representantes.

Exilio

O Papa também mencionou os “legítimos desejos de todos os cubanos, onde quer que se encontrem”. Para centenas de meios de comunicação, como o diário El Mundo, foi uma clara “alusão aos exilados cubanos”. E mencionava a existência de “dois milhões de exilados”, um número – por demais exagerado – que assinalaria toda a emigração existente. Uma demonstração de como o fenómeno migratório cubano, de raiz económica e similar à de outros países vizinhos, é convertido em “exílio político” por obra e graça dos meios de comunicação.

Curiosamente, o Papa, uns dias antes, no México, fazia referência a “tantas famílias (mexicanas) que se encontram divididas ou forçadas à emigração”, numa percentagem – há que recordar – muito superior à de Cuba. Mas estas palavras não interessaram aos mesmos media.

Liberdade

A prova de outra suposta crítica velada ao Governo cubano teria sido que “a palavra liberdade foi pronunciada três vezes pelo Papa numa das suas missas. Mas a agência Europa Press – e as dezenas de meios que reproduziram esta tese – esqueceram-se de mencionar que o Presidente Raul Castro pronunciou também a enigmática palabra “liberdade” até cinco vezes nas suas palavras dirigidas ao Papa.

Neste mesmo âmbito, o diário argentino Clarin mentia mais descaradamente. Afirmava que o Pontifice se referiu à “falta de liberdade” e às “estruturas inamoviveis” na Ilha, expressões que não aparecem em nenhum dos seus discursos ou missas.

Bloqueio

Enquanto os media esquadrinhavam cada palavra do Papa buscando supostas críticas ao Governo cubano, silenciavam ou manipulavam as coincidências com este. Assim explicava o diário El País a condenação de Bento XVI ao bloqueio dos EUA: “O Papa sugere que o embargo dos EUA agrava a falta de liberdade em Cuba”.

Dos cerca de 300 meios de comunicação social de 33 países que cobriram o evento, a imensa maioria utillizou a mesma máquina de interpretar a palavra do Papa. Há quem se interrogue se, para dar uma mesma visão informativa, é necessária semelhante deslocação técnica e esforço económico.

Parte 2: liberdade religiosa, marxismo e mudanças em Cuba

Mudanças

“Cuba e o mundo necessitam de mudanças”, foi uma das frases do Papa mais mencionadas na sua recente visita a Cuba. Mas os diários como o argentino La Nación, preferiram ficar com metade da frase e titulavam “Cuba necessita de mudanças”

Liberdade religiosa

Por outro lado, as palavras do Papa sobre a necessidade de liberdade religiosa – um tema que também abordou no México, sem que a imprensa lhe dera aí maior importância – foram aproveitadas pelos media para realizar uma falsificação da história recente de Cuba. O citado diário La Nación mentia ao dizer que os cânticos de pessoas católicas nas missas do Papa “há 50 anos lhes teria custado a detenção”.

Na larga dezena de diários do grupo espanhol Vocento, lia-se que “Castro fechou colégios, publicações e prendeu ou expulsou sacerdotes”. Tudo isto, evidentemente, sem explicar o papel que teve a hierarquia católica cubana e muitos sacerdotes espanhóis de militancia falangista nos crimes da ditadura de Batista. E silenciando, também, que a nacionalização de escolas e universidades católicas privadas para uma elite, ocorreu para dar lugar à inclusão de milhões de pessoas num sistema laico e público de ensino que erradicou toda a diferença pela sua condição social.

Neste mesmo sentido, outro diário argentino, La Capital, titulava “O Papa e a primavera em Cuba: a seguir à liberdade religiosa virão outras?”, dando a entender que a liberdade religiosa é algo novo em Cuba, um país onde – recordemos – existiu e existe total liberdade de culto e uma enorme variedade de credos religiosos.

Contudo, se por liberdade religiosa se entende que a Igreja possa abrir colégios e universidades privadas na Ilha, é necessário esclarecer: a Constituição cubana impede-o, ao garantir a igualdade absoluta no acesso a uma educação que, por lei, deve ser exclusivamente pública e laica. De qualquer maneira, o Papa pôde reinvidicar estes espaços em directo, através da Televisão cubana.

Marxismo

Esta campanha mediática já se tinha iniciado antes da chegada de Bento XVI a Cuba, durante a sua permanência no México. Ali, este afirmou que “hoje é evidente que a ideologia marxista, na forma em foi concebida, já não corresponde à realidade”. Muitos meios de comunicação reconverteram as suas palavras e titularam: “O comunismo já não funciona em Cuba”, embora o Pontifice não tenha mencionado este país e, em todo o caso, constatava algo que os próprios marxistas sustentam: a necessária adaptação desta ideologia a cada momento histórico.

Curiosamente, no México, o Papa fez alusão, por exemplo, “aos que passam fome”. Mas nenhum destes media interpretou que mencionar a existência de fome num rico país petrolífero era uma crítica ao seu sistema político e económico.

Presença obrigatória

Certamente, o Governo, as empresas e as organizações sociais cubanas impulsionaram e facilitaram a assistência aos actos religiosos do Papa por parte de crentes como de não crentes.

Isto foi convertido pelos media numa suposta “assistência obrigatória” às missas. Os diários do grupo Vocento titulavam: “Missa de ficção em Santiago”, com um substítulo explicativo: “A cerimónia, com presença forçada de muitos não crentes, mais se parecia a um acto oficial”.

Lendo o texto da crónica, todavia, descobrimos que o enviado especial Iñigo Dominguez não via de forma tão clara que a gente assistira “obrigada”: “foi uma missa estranha, absurda e quase fictícia – diz-nos o jornalista – onde muitos assistentes não eram crentes e pareciam estar ali por obrigação ou cortesia no melhor dos casos”.

Censura

Claro que, não faltou na cobertura mediática a condenação aos seus colegas da imprensa cubana. Segundo o repórter de Vocento, os media da Ilha silenciaram “a evocação dos presos (que fez o Papa) na ermida da Caridad del Cobre”. Para, na mesma frase, assegurar que todos os actos “foram transmitidos em directo pela televisão cubana”. Quer dizer, os media cubanos silenciaram as palavras supostamente críticas do Papa… que foram transmitidas em directo pela televisão.

A maior parte dos 300 meios de comunicação acreditados para cobrir a visita do Papa empregaram estes argumentos informativos, manchados do mesmo desconhecimento e dos mesmos juízos e esteriotipos sobre a realidade de Cuba. Porque o objectivo de estes meios não era cobrir o acontecimento, senão buscar novos elementos de demonstração da suposta debilidade política da Revolução cubana e do seu isolamento internacional. Algo que a recente visita do Papa Bento XVI a Cuba demonstrou estar – apesar de todas as tentativas de manipulação mediática – bem longe da realidade.

domingo, 1 de abril de 2012

A CRÍTICA ENCOMENDADA

As notícias sobre Cuba que marcam a actualidade, referem-se, como não podia deixar de ser, à visita do Papa Bento XVI, mas como sempre, carregadas da habitual demagogia e de uma interpretação em que a verdade absoluta está do lado de quem não conhece as realidades ou quer manipular a opinião pública, chegando ao cúmulo de até desmentirem o Chefe da Igreja Católica Cubana, o Cardeal D. Jaime Ortega, que afirmou peremptoriamente não existirem presos políticos no país.

Na verdade, os paladinos da informação internacional e até alguns comentadores portugueses, ao quererem transformar presos de delito comum que recebem subsídios de uma potência estrangeira (EUA) para praticarem actos subversivos contra o seu próprio povo, podem estar a cumprir as ordens que recebem, mas não estão a informar com rigor nem a comentar com isenção.

Está mais que provado (e documentado) que existem cidadãos cubanos que em troca de uns míseros dólares se venderam ao opositor histórico do seu país, com o intuito de desestabilizar as reformas que a Revolução vem implementando, tentando criar um clima de confronto permanente e agitação social que impeça as transformações políticas e económicas que de forma pacífica o Governo tem vindo a adoptar, com o objectivo de melhorar as condições de vida de todo um povo que passou pelas maiores privações depois do derrube do Muro de Berlim e do permanente bloqueio dos EUA desde há mais de 50 anos.

Compreende-se que estas transformações estejam a incomodar quem desde há muito fazia previsões para o fim da Revolução e que todas as suas teorias venham a cair por falta de credibilidade, já que os índices dos mais variados e insuspeitos organismos internacionais colocam Cuba nos mais altos padrões de crescimento sustentado em variadas áreas de importância vital para o bem-estar da população.

Os mesmos que criticam Cuba por deter e condenar quem pratica actos subversivos, não devem saber que em qualquer parte do mundo (inclusive nos EUA ou em Portugal) esses mesmos actos levam à prisão de quem os pratica, independentemente da sua ideologia política, raça, condição social ou credo religioso.


Os mesmos que criticam Cuba, omitem a injusta prisão de cinco cidadãos cubanos nos EUA, condenados por defenderem o seu país dos grupos terroristas instalados em Miami e apoiados pelos sucessivos governos norte-americanos que os treinam e subsidiam para praticarem actos de que já resultaram centenas de mortos e milhares de feridos.

Os mesmos que criticam Cuba, fecham os olhos às invasões e bombardeamentos de populações indefesas e à miséria e à pobreza que grassa por todo o mundo, em que milhares de pessoas morrem à fome ou por falta de assistência médica.

A visita Papal revestiu-se de um enorme êxito e aqueles que tudo apostaram para manchar este encontro de Bento XVI com os muitos fiéis cubanos, bem podem voltar às suas conspirações encomendadas, porque o povo sabe o que quer e não se deixa manipular por fantoches disfarçados de “dissidentes”.

(Por Celino Cunha Vieira, in Semanário Comércio do Seixal e Sesimbra de 31/03/2012)