sexta-feira, 28 de outubro de 2016


COINCIDÊNCIAS, OU TALVEZ NÃO!

Existem momentos em que por feliz coincidência temporal nos levam a acreditar no destino, pois conjugados entre si, dão-nos a recompensa pelo esforço desenvolvido ao longo de anos para que eles aconteçam, não por mero acaso, mas sim como fruto de um trabalho persistente nas mais variadas frentes, havendo agora a necessidade de os não deixar passar em claro, não só pela sua importância, como também porque outros órgãos de comunicação social omitem completamente ou não dão o devido relevo.

Na passada semana, em que se comemorou o Dia da Cultura Cubana, foi pela primeira vez aprovada por unanimidade, repito, por unanimidade na Assembleia da República Portuguesa, um voto sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio dos EUA a Cuba, ao mesmo tempo em que era recebida no Parlamento uma delegação de cubanos oriundos de vários países, que vieram participar no XI Encontro de Cubanos Residentes na Europa, que se realizou no último fim-de-semana em Lisboa, numa jornada que ficou marcada pela unidade e patriotismo daqueles que longe fisicamente da pátria, continuam a defender e a lutar pela sua Revolução.

Também pelo 25.º ano consecutivo, a Assembleia-geral das Nações Unidas reunida na passada quarta-feira, votou de novo uma resolução que condena o bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA a Cuba, que já dura há mais de meio século e que prejudica seriamente o desenvolvimento de uma nação soberana e independente. Dos 193 países que constituem a Assembleia, 191 votaram a favor da condenação e apenas EUA e Israel se abstiveram, quando antes votavam sempre contra. Não deixa de ser curioso que os EUA justifiquem o seu voto referindo a violação dos Direitos Humanos por parte de Cuba, quando sabem que isso não passa de uma mentira que a sua propaganda inventou, sendo eles próprios os maiores violadores desses Direitos no plano interno e externo, bem acompanhados por Israel que considera o povo da Palestina sem quaisquer Direitos.

Dir-se-ia que uma resolução votada quase por unanimidades no órgão máximo das Nações de todo o mundo deveria ser respeitada, até porque está mais que provado que os objectivos desse tenebroso bloqueio não foram nem nunca serão alcançados. Só falta mesmo acabar com ele de uma vez por todas e desejar que esta tenha sido a última vez que tal votação se efectuou.

Para culminar e encher de orgulho quem desde há muitos anos vem defendendo o bom relacionamento entre Portugal e Cuba, tivemos a visita oficial do nosso Presidente da República, que para além das razões de Estado, também não é alheia a simpatia e os argumentos da Embaixadora Cubana Johana Tablada de La Torre, por quem o Professor Marcelo Rebelo de Sousa nutre muita consideração, admirando o profissionalismo da diplomata na defesa dos interesses do seu país. A ela muito se deve esta visita, restando-nos agradecer-lhe todo o empenho e dedicação que teve para a concretizar.

De acordo com as palavras proferidas em várias ocasiões pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, esta visita foi extremamente positiva, não só pelos encontros que teve ao mais alto nível, destacando a recepção do Presidente Raul Castro e a troca de impressões com o líder da Revolução Fidel, como também pela delegação de empresários que o acompanharam e que estão interessados em investir no país, participando a partir do dia 2 de Novembro na próxima Feira Internacional de Havana integrados no Pavilhão de Portugal.

(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)

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