SOMOS FIDELISTAS
Há muito que a notícia era esperada porque a lei da vida assim o impõe, mas nunca se está suficientemente preparado para a receber, seja de um familiar próximo, seja de uma figura como Fidel Castro.
Por ironia do destino, no mesmo
dia 25 de Novembro mas de há 60 anos, Fidel iniciava a viagem a bordo do iate
Granma desde o rio Tuxpan no México, com destino a Cuba para liderar a luta
revolucionária de libertação do seu povo que era explorado e oprimido por um
regime subjugado ao império norte-americano.
Escrever hoje sobre Fidel não é
fácil, quando os sentimentos e a emoção nos traem e não conseguimos encontrar
as palavras certas para o muito que nos apetece dizer deste excepcional homem
que dedicou toda a sua vida à causa pública, transformando o seu país num
baluarte e exemplo para todos os povos oprimidos e o grande impulsionador para
a união dos povos da América-latina.
Em 1976 e perante a
Assembleia-geral da ONU, Fidel afirmou: “Basta já da ilusão de que os problemas
do mundo se podem resolver com armas nucleares. As bombas podem matar os
esfomeados, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças e
a ignorância. Não podem tão pouco matar a justa rebeldia dos povos”.
Aqueles que hoje se regozijam com
o seu desaparecimento físico são os frustrados que não o conseguiram vencer em
vida. Contra tudo e contra todos, Fidel foi sempre um vencedor, resistindo a
todos os ataques e sobrevivendo a centenas de tentativas de assassinato, sendo
apenas traído pela falência de alguns órgãos do seu corpo, mas mantendo-se lúcido
até ao fim como ele sempre desejou.
Trincheiras de ideias valem mais
que trincheiras de pedra, escreveu José Marti, e Fidel personifica bem essa
imagem ao deixar-nos um vastíssimo rol de pensamentos e reflexões sobre os mais
variados temas, para além de ter posto em prática aquilo em que acreditava ser
possível para construir um mundo melhor.
Em 1996 dizia: "Os homens passam, os povos permanecem; os homens
passam, as ideias permanecem. Os homens passam, mas o sentido de justiça, de
irmandade e de igualdade entre os seres humanos, o direito a defender os seus
valores, as suas esperanças, no nosso povo nunca passarão".
Fidel, idolatrado pelo seu povo,
deixa um importantíssimo legado às novas gerações para que continuem o
aperfeiçoamento da Revolução que tantos sacrifícios tem custado para manter um
país unido e soberano, resistindo a todas as contrariedades e ataques traiçoeiros
ao longo da sua história.
Fidel não morreu! Apenas o seu
corpo já transformado em cinzas repousará junto ao Apóstolo José Marti, as duas
mais importantes figuras de Cuba, permanecendo para a eternidade os seus
ideais.
Até sempre Comandante!